domingo, 26 de fevereiro de 2012

Inauguração/Conferência da Semana de Arquitectura


Apresentação pelo Director do Departamento Arq. João Menezes de Sequeira. Foto de: Flávio Filho
Intervenção do Arq. Gonçalo Byrne  Foto de: Flávio Filho
Intervenção do Arq. Manuel Aires Mateus  Foto de: Flávio Filho
Intervensão do Arq. Raúl Hestnes Ferreira  Foto de: Flávio Filho



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

INTRODUÇÃO CUTCITY2012


Cette société qui supprime la distance géographique recueille intérieurement la distance, en tant que séparation spectaculaire.
Guy Debord (1967) L’aménagement du territoire, p.167

A adopção dos princípios da indústria pelas entidades políticas gestoras da cidade, transportou para o urbanismo uma ideologia que procura implementar conceitos de desenvolvimento tecnológico, de especialização, de mobilidade e de economia de tempo. Estes conceitos acabaram por estruturar uma metodologia projectual que se formaliza, nos seus exemplos mais claros, em zonamentos mono-funcionais e em redes urbanas infraestruturais hierarquizadas (ductos e vias). A implementação desta ideia de cidade levou, por exemplo, à criação de zonas dormitório, zonas industriais, centros comerciais, redes de circulação acelerada, etc.
Estes espaços de vida acabaram por desenvolver no seu habitante um sistema cognitivo fixado sobretudo em conceitos de comunicabilidade, de velocidade e de manipulação mediada. Os processos, operações e procedimentos passam para a ribalta do pensamento e as finalidades passam a ser quase exclusivamente operativas. Esta operatividade inicia-se com objectivos funcionais, passando depois para a comunicação e para a transparência, fixando-se ultimamente no mero prazer da manipulação sem inércia.
Das vias de tráfego intenso às “auto-estradas” da informação, passamos do transporte de pessoas e bens para o transporte, mediado eletronicamente, dos significados, dos conceitos e da tele-presença. Simultaneamente estas redes operativas de compressão do espaço-tempo, esta fixação nos processos e procedimentos, fazem perder de vista as noções de vizinhança e proximidade envolvente, instalando-se o paradigma do labirinto e da pirâmide, de que as plataformas de video jogo Dome e de SimCity são um excelente exemplo.
Com a autonomização da “presença imediata” ou do “tempo real”, procuram-se eliminar não apenas os obstáculos físicos, mas as própria distâncias geográficas. As periferias deslocam-se da sua habitual geografia ligada á distância espacio-temporal (espaço real) e passam a ser aquelas que, podendo estar “ao lado de” se encontram sem “acessos” sem “comunicação” e logo sem possibilidade de presença e sem “realidade” social, identitária ou outra. Elas fazem parte da perda de extensão territorial correlativa do desaparecimento das distâncias pela velocidade.
Isto é, a inserção do sistema de deslocações (vias de fluxo denso e rápido) associado à única realidade objectiva dos nossos tempos, precisamente o tempo ou a presença imediata, dado que implicam uma manifestação física, criam novas distâncias e descontinidades espaciais, exactamente nos locais geográficos em que se implantam.
Os enclaves assim criados são descontinuados do restante espaço geográfico e social da cidade e assumem hoje uma realidade com que nos confrontamos. Os grandes centros comerciais aparecem implantados num território que só nos grandes sistemas manipulatórios do poder são neutros, gerando comunicações e distribuições à escala das regiões, o contexto urbano ou territorial é para estes enclaves absolutamente indiferente, sendo a sua operatividade económica a única realidade.
Mas a “revolução” não confina apenas na perturbação do corpo territorial, é que ao fazê-lo, excedem também o “corpo animal” do ser humano, que estando num lugar físico passa a a estar “milagrosamente” noutro não-lugar virtual, sem ter de passar por nenhum lugar. Suprimindo-se assim, os limites da presença física pela ubiquidade do “éter”. Estamos aqui e ali em simultâneo (à velocidade da luz) e entre o aqui e o ali algo foi exterminado e esquecido, o contexto!
Os problemas de identidade dos espaços passam pela compreensão de que não existe identidade sem passado e sem futuro, pois ambos revelam o contexto espacial do lugar, sendo este, tal como o presente, exatamente esse instante/lugar entre aquelas duas extensões espacio-temporais.
Mas, não se insere esta tendência numa tendência mais geral, onde a mesma ideologia que retira o tempo da deslocação, tem vindo a retirar também a realidade ao espaço?
O que pode a Arquitectura fazer neste contexto? Que arquitectura se pode esperar numa cidade fragmentada onde o espaço e as implantações de continuidade contextual parecem estar em desaparecimento? Não se reflecte na Arquitectura este extermínio do contexto, não estará a Arquitectura a tornar-se design de objectos descontextualizados (ou globalizados)?

Equipas do Workshop CutCity2012

Estúdios de Projecto 

Estúdio #1 + #3 sala T.02
Nuno Eduardo de Távora (ARQ)
Álvaro M. Laranjeiro da Silva (ARQ)
António Pedro Sousa Louro. (ARQ)
Nuno Bernardo Griff F Martins (ARQ)
Fernando Cruz, (UAS).
Jorge Mangorrinha. (UAS)
Mª João Castel-Branco Silveira. (ETA)
Luís Manuel M. Santiago Baptista.(ETA)
Vasco Appleton. (TEC)
José António Jacinto Vieira. (TEC)

Estúdio #2 + #7 sala G.3.1
André de Brito Caiado. (ARQ)
Vasco S. Pinheiro (ARQ)
Luís Cardoso e Cunha (ARQ)
Nuno Rei Carrolo (ARQ)
Jorge Gregório. (UAS)
Carlos Vieira Faria (UAS)
Margarida Valla (ETA)
Maria Luisa P. Marques (ETA)
Pedro Dowens. (TEC)
Susana Leonor (ART)
 
Estúdio #4 sala G.3.4
Paulo Figueiredo (ARQ)
Bernardo Vaz Pinto (ARQ)
Carlos M. P. Correia Rainha (TEC)
Catarina Patrício (ETA)
Mário Cardoso (UAS)

Estúdio #5 sala G.2.1
Jorge Mealha (ARQ)
Paulo Serôdio Lopes (ARQ)
Avelino A. Pacheco dos Santos (TEC)
Diana Ramos (ART)
Teresa Mendes Flores (ETA)

Estúdio #6 sala G.3.6
Raul Hestnes Ferreira (ARQ)
Kirill de Lancastre Jedenov (ARQ)
António Santa Rita (TEC)
João Borges da Cunha (ART)
Patricia A. D. Santos Pedrosa (ETA)


Estúdios Interdisciplinares

Estúdio #sala G.1.6
Estúdio de Cinema e Arquitectura
Eliana Sousa Santos
Maria João Pereira de Matos 

Estúdio #9 sala F.2.7
Estúdio de Sistemas Digitais e Arquitectura
Brimet Silva
Filipe Joel Gomes Afonso

Estúdio #10 sala G.2.3
Estúdio de Desenho e Arquitectura
Filipa Antunes
Tiago Queiróz

Estúdio #11 sala G.1.5
Estúdio de Fotografia e Arquitectura
Isabel Barbas
Pedro Ressano Garcia / José Gomes Pinto

Estúdio #12 sala G.1.6
Estúdio de Const. Sustent. e Arquitectura
Mª Inês M Rodrigues M Cabral
Rui Nogueira Simões

quinta-feira, 24 de março de 2011

Introdução - Workshop 2010/11

O tema do Worshop é "Habitar no Mundo pós-industrial" ou em versão anglo-saxónica "Domus in the post industrial World".
Trata-se de uma reflexão sobre o conceito de habitar num mundo onde a velocidade da deslocação virtual está a par de um aumento da inércia física do habitante (redes de comunicação, de tele-presença, etc). Onde parece que a teoria quântica se aplica a todos nós permitindo-nos estar em vários lugares ao mesmo tempo e paradoxalmente sem qualquer tipo de deslocação física. A questão é a de saber o que acontece ao espaço arquitectónico, nestas circunstancias e procura-se que os alunos encontrem uma forma de representar este novo espaço quântico que domina em aceleração continua cada um dos nossos instantes de presença sedentária neste "mundo novo".

Equipas do Workshop 2011

Estúdio 1 (G.2.1)
Docentes: Eng. André Daniel Coelho; Eng. Avelino Pacheco; Arq. Filipa Antunes;  Dr. Maria João Silveira; Arq. Maria Luísa Marques; Arq. Nuno Carrolo; Arq. Paulo Figueiredo.
Alunos: Andreia Ferreira, Andreia Sofia Morais, Gonçalo Manuel Ferreira, Henrique Jorge da Cruz Barata, Hibrahim Gama, Hugo Bravo, João Pedro Nogueira Rei, Luis Miguel da Silva Gonçalves, Maria Inês Simões Caniceiro, Marius Schmahl, Naldo Ivanilson Soares Monteiro, Olaya Mourenza Flórez, Paulo Rosas, Pedro Nuno de Góis Freitas, Tatiana Romão.

Estúdio 2 (G.3.1)
Docentes: Art. Alexandra Barradas; Art. Catarina Patrício; Arq. Luís Santiago Baptista; Arq. Maria Inês Cabral; Arq. Nuno Griff; Arq. Nuno Távora; Eng. Pedro Dowens.
Alunos:  Isa Carvalho, Adriana Semedo, Ana Rita Martins, Bruno Madeira, Bruno Velho Cabral M. Costa, Dennis Schrowang, Elder Patrick Cardoso, Evandro Tavares, Filipa Castela, Gustavo José Filipe Ramos, Joana Marques, Juan Pablo Violic, Liudmila F. Baptista Botelho, Pedro Alexandre Domingos Lopes, Pedro Manuel Silva Dores.

Estúdio 3 (G.3.3)
Docentes: Eng. Carlos Rainha; Arq. Isabel Cristina Barbas; Dr. José Gomes Pinto; Arq. Luís Cardoso e Cunha; Arq. Margarida Valla; Arq. Tiago Queiroz; Arq. Vasco Santos Pinheiro.
Alunos:  António Nuno P. Cardoso Lopes, Cristóvão Alves Bento, Francisco Soares, João Filipe da Silva Teles Carvalho, João Miguel Asper Banha, Kazim Ayanoglu, Marco Filipe H. Sancho Beltrão, Orlando Manuel Morais Lago, Paulo Baltazar, Paulo Fonte, Pello Mujika Arriaran, Razvan Chelu, Ricardo Fernandes M. Margarido, Roberto Carvalho, Rodrigo Cruz.

Estúdio 4 (G.3.6)
Docentes: Arq. António Santa Rita; Arq. Diana Ramos; Arq. Eliana Sousa Santos; Arq. João Borges da Cunha; Arq. Maria João Matos; Arq. Patrícia Pedrosa; Arq. Paulo Serôdio Lopes.
Alunos:  António Cruz, Antonio Mira, Cláudia Prata, Diogo Ferreira, Diogo de Olivença Malanho, Erica Antunes, João Manuel Pinto Araújo, Jorge Francisco,  Manuel P. Carvalho Silva, Mariana Silva A. Gomes Carneiro, Nuno Miguel Antunes Simões Amores, Pedro Manuel Beltrão G. Barata, Rui Manuel Teófilo Patrício, Sara Daniela Pires dos Santos, Teresa Conceição.

Estúdio 5 (T.0.2)
Docentes: Arq. André Caiado; Arq. António Louro; Arq. Bernardo Vaz Pinto; Dr. Fernando Cruz; Arq. Filipe Afonso; Art. Susana Leonor; Arq. José Vieira.
Alunos:  Adónis Quiawacana, António Paulo Lubrano Varela, Carlos Alberto Jalles Nora, Carlos Daniel Mingote Menina, Daniel Corrêa Saes, Marta Amado F. da Costa Paulo, José Miguel Sousa, Nicolas Dochhorn, Paulo Ferreira, Pedro Oliveira, Ricardo Brito Romão Campos Diogo, Sara Alexandra Silva Lopes, Vasco Luis Remondes Ferreira, Fábio Gonçalves.

Estúdio 6 (T.0.3)
Docentes: Arq. Álvaro Silva; Arq. Brimet Silva;  Dr. Carlos Faria; Arq. Jorge Mangorrinha; Arq. Kirill Jedenov; Arq. Pedro Ressano Garcia; Arq. Rui Nogueira Simões.
Alunos: Silvano Silva, António Pedro Alves, Catarina Miranda, Claudia Nunes, Filipe Nunes Silva, Filipe Reis Oliveira, Greg Branco, João Morais, Maria Goreti dos Santos Costa, Miguel Romão Martinho, Natacha Alexandra P. de C. Miranda, Ricardo dos Santos Pereira, Unai Gardoki, Walter Almeida.